Planeta Fome: animação rondoniense escancara a crueldade da miséria

E se a fome fosse um sistema? Se a miséria não fosse um acidente, mas um projeto? “Planeta Fome” não é apenas um filme – é um grito. A animação rondoniense dirigida por Édier William parte de um dos episódios mais chocantes da história recente do Brasil: a fila dos ossos, onde famílias inteiras disputavam restos descartados por açougues para matar a fome durante a pandemia.

Agora, essa história ganha vida (e impacto) através da animação, um formato que, longe de suavizar a narrativa, a torna ainda mais brutal e inesquecível.

“NÃO QUERO QUE AS PESSOAS APENAS ASSISTAM, QUERO QUE ELAS SINTAM”

A trama acompanha Ivani, uma mãe solo que perde o emprego e, junto com seu filho Lucca, de apenas 8 anos, é empurrada para a miséria. O que começa como uma luta diária por trabalho e dignidade se transforma em uma jornada de desesperança, onde, dia após dia, mãe e filho perdem tudo: o lar, os móveis, as refeições, até restarem apenas um ao outro.

“Eu queria que o filme doesse. Que quem assistisse saísse com um nó na garganta. A fome não pode ser ignorada, e eu não quero que essa obra passe despercebida”, afirma Édier William, diretor e roteirista do filme.

O roteirista ainda diz que “A fila dos ossos não é ficção. Ela aconteceu e vai continuar acontecendo se a gente não falar sobre isso. Esse filme é um lembrete incômodo da realidade que muitos preferem não ver.”

TRILHA SONORA: DA AMAZÔNIA AO SILÊNCIO DA FOME

“Planeta Fome”, que se passa em 2125, tem uma trilha sonora que é uma peça fundamental da experiência sensorial do filme. Criada por Tullio Nunes, a composição inicia com sons amazônicos, evocando uma conexão entre o planeta e a natureza, mas na primeira cena em que a cidade cinza se manifesta na tela, os instrumentos que remetem à floresta desaparecem, sendo suprimidos por uma ambientação sonora opressiva e minimalista.

Segundo Édier William essa abordagem sonora faz com que a fome seja sentida não apenas pela imagem, mas também por todos os elementos inseridos dentro da obra.

O CINEMA RONDONIENSE

O filme foi realizado por meio do Edital 001/2023 – Funcultural, Lei Paulo Gustavo, criado para apoiar artistas do audiovisual após o impacto da pandemia. Para Édier, “Planeta Fome” é uma oportunidade de contribuir significamente para o desenvolvimento da sétima arte em Rondônia.

“O audiovisual rondoniense está vivendo um momento incrível. Produzir esse filme aqui, com a nossa identidade é motivo de muito orgulho. ‘Planeta Fome’ não é só um filme, é um manifesto.”
Com um tema tão urgente e uma abordagem artística delicada “Planeta Fome” promete ser uma animação impactantes.

SERVIÇO:

Exibição

Data: 15 de abril de 2025


Horário: 20h

Local: Espaço Tapiri: Cinema da Floresta – Rua Franklin Tavares, 1353, Porto Velho-RO


Entrada gratuita

Sobre o filme

Título: “Planeta Fome”

Gênero: Drama, Animação


Roteiro e Direção: Édier William


Direção de Arte e Animação: Luan Ott


Direção de Produção: Sabrina Bandeira


Trilha Sonora: Tullio Nunes


Produção: Zenital Produções

Duração: 15 minutos


Projeto contemplado no Edital 001/2023 – Funcultural, Lei Paulo Gustavo

Notícias Relacionadas

  • All Post
  • Agronegócios
  • coluna
  • Cultura
  • Destaques
  • Esportes
  • Estilo de Vida
  • Geral
  • Notícias
  • Polícia
  • Política
  • Popular
  • Sem Categoria
  • Tecnologia
  • Tendências
  • Viagem

Comente sobre a notícia

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Redes Sociais

Youtube

Facebook

Categorias

Tags

Edit Template

Assine a nossa newsletter

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.

© 2025 Obotonews.com.br – O Boto News – Uma fonte confiável de jornalismo independente, a escolha certa para quem valoriza a credibilidade e a análise aprofundada dos acontecimentos.. desenvolvido pela CromaOn

Find Your Way!

Categories

Tags

Abrir bate-papo
Escanear o código
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?