A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Porto Velho finalizou o 4º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, realizado entre os dias 11 de novembro e 12 de dezembro. O resultado apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,5% para o Aedes aegypti, classificando o município como de médio risco para a proliferação do mosquito transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya.
O lixo e os recipientes plásticos continuam sendo os principais criadouros, seguidos pelos pneus, com aumento significativo desde o 3º LIRAa, enquanto os depósitos de armazenamento de água apresentaram redução, conforme os índices apontados abaixo:
- Lixo doméstico e recipientes plásticos: 39,3%
- Pneus e materiais rodantes: 26,2%
- Outros depósitos para armazenamento de água: 17,6%
Outros Resultados
O LIRAa é realizado quatro vezes por ano, em toda a área urbana do município, por meio de uma pesquisa larvária. O resultado é uma relação em porcentagem entre o número de recipientes positivos e o número de recipientes pesquisados.
Os outros três levantamentos realizados em 2024 apresentaram os seguintes resultados:
1º LIRAa – 3,3% médio risco de infestação predial
2º LIRAa – 2,4% médio risco de infestação predial
3° LIRAa – 0,4% baixo risco de infestação predial
4° LIRAa – 2,5% médio risco de infestação predial
DADOS DA DENGUE
Para reduzir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, a Semusa vem trabalhando em medidas preventivas como mutirão de recolhimento de lixo residencial, realizado em parceria com outras secretarias, visitas domiciliares realizadas pelos Agentes de Combate às Endemias (ACS), palestras educacionais em escolas, distribuição de panfletos educativos, entre outras.
Essas ações auxiliaram na redução no número de casos de dengue em Porto Velho, como apontam os dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS).
Em 2022, foram confirmados 1.903 casos de dengue na capital, contra 1.093 em 2023. Esse ano, de janeiro até o dia 16 de dezembro, 569 casos foram registrados.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Com base nos resultados, a Semusa reforça a importância de ações preventivas como o descarte correto de resíduos e o cuidado com recipientes que possam acumular água. As equipes de vigilância seguem realizando atividades educativas e de controle para reduzir os índices de infestação, especialmente nos estratos mais vulneráveis.
O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa, orienta que a população colabore com as medidas de prevenção, já que a eliminação dos criadouros é essencial para evitar o aumento dos casos de doenças transmitidas pelo mosquito.
Confira algumas medidas para evitar a proliferação do mosquito:
1 – Mantenha bem tampados: caixas e barris de água;
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios;
4 – Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo;
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
7 – Se for guardar pneus velhos em casa ou borracharias, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva;
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água;
9 – Lave constantemente, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana;
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;
11- Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.